Minha primeira memória de infância.

Memórias são algo para recordar do passado, talvez não sejam tão fiéis quanto esperamos, mas servem para não nos esquecermos do que vivemos e de quem somos.

Memórias são difíceis de lidar, podem ser um som, um cheiro, uma imagem, uma sensação, um borrão ou até mesmo todos esses elementos mesclados. A partir do momento em que a vida começa passamos a recolher e colecionar memórias.

Não me lembro ao certo quando comecei a recordar o que vivia, há muitas cenas cortadas, talvez até imaginadas. Memórias que antes eram tão vividas foram se apagando conforme os anos se passavam.

Uma risada, uma caída, um choro, uma provocação na escolinha. Minha primeira memória vívida da infância pode parecer um tanto quanto narcisista.

Eu parada diante do espelho do quarto que dividia com a minha tia. Encarava meus olhos negros brilhantes no reflexo, mexia os braços e acenava tentando entender como aquele objeto funcionava, lentamente analisei meu cabelo castanho escuro e armado que beirava o preto, virei de lado e toquei no meu pequeno nariz achatado, então eu sorri. Um sorriso doce e infantil com janelinhas, um sorriso sincero por finalmente me reconhecer diante de um espelho. Meus pequenos olhos mestiços sorriam e aquele brilho infantil escapava pelo meu olhar. Passei a mão pelo cabelo e saí saltitando com o meu vestido rosa. Mal sabia eu que a partir daquele momento minha vida estava só no início e que muitas memórias seriam armazenadas com aquela.

Eu me lembro daquele momento como se fora ontem, o olhar inocente de uma criança de seis anos no espelho, onde sua única preocupação era viver aventuras através de seus brinquedos.

Hello Pandas! Esse aqui é mais um textinho do Projeto Escrita Criativa! Clique aqui para conhecer o projeto e aqui para conhecer a página do face! Confesso que foi bem difícil pensar em algo, mas gostei do resultado, acho que voltei a escrever textos e não poemas!